Agência Brasil + Thomaz Albano Azurit
Com 9% da produção de energia elétrica consumida no Brasil, a hidrelétrica Itaipu Binacional aposta em outras formas de energia renovável e quer mais que duplicar a capacidade instalada da usina, atualmente de 14 mil megawatts (MW). A estrutura que opera comercialmente há 40 anos em Foz do Iguaçu, no Paraná, é fruto de um tratado entre Brasil e Paraguai.
Produção de energia solar
A empresa pretende concluir ainda em 2025 a instalação de um projeto-piloto para gerar energia solar a partir de 1,5 mil placas fotovoltaicas no leito do reservatório do Rio Paraná, que abastece as turbinas da hidrelétrica.
A construção está 60% pronta e 85% dos equipamentos já foram comprados. De acordo com o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, o projeto deve ser entregue em setembro.
Com as placas solares em funcionamento, Itaipu espera gerar 1 megawatt-pico (MWp), unidade de medida para a capacidade máxima de geração de energia. Essa energia é equivalente ao consumo de 650 casas e será utilizada para consumo próprio da usina.
O superintendente da Assessoria de Energias Renováveis da Itaipu, Rogério Meneghetti, estima que, se no futuro Itaipu conseguir cobrir 10% do reservatório com placas solares, será possível gerar 14 mil MW, o que significa dobrar a capacidade atual da empresa, que deixaria de ser apenas uma hidrelétrica.
“A ideia é que no futuro isso possa ser um novo negócio para a instituição”, diz. “A gente sabe que tem um potencial gigante no nosso reservatório. Mas não são todas as áreas que podem ser utilizadas”, explica, acrescentando que haverá estudos de impactos ambientais e na navegação.
“Onde é área de navegação, área de reprodução de peixes, tudo isso a gente está monitorando, avaliando, para pensar em futuras ampliações”, adianta.
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Transição energética

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Enio Verri, os projetos de inovação fazem com que a empresa tenda a caminhar para ser uma grande produtora de energia, além da hidrelétrica.
“Olhando para o futuro, esperamos que tudo isso some-se à nossa produção e, na média, a gente consiga garantir a energia limpa que é fundamental dentro de uma transição [energética] e, ao mesmo tempo, mantenha o preço baixo”, disse a jornalistas que visitaram a hidrelétrica, que fica exatamente na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Ele aponta que o cenário atual exige iniciativas para aumentar a produção de energia, seja por geração hidrelétrica ou por outros meios renováveis.
“Há uma expectativa da diretoria, estou me referindo às diretorias brasileira e paraguaia, de que a gente possa agora, no tratado do Anexo C [dispõe sobre tarifas] e principalmente em uma revisão do tratado, ampliar esse escopo. Hoje o Tratado de Itaipu [o escopo] é único, é energia hidroelétrica”, disse, lembrando que o acordo foi firmado há mais de 50 anos, quando a energia elétrica era “revolucionária”.
Azurit e Transição Energética
Sólida no mercado nacional, a Azurit consultoria ambiental possui expertise em estudos para implantação de empreendimentos de geração de energia limpa e renovável, como eólicas, solares e hidrelétricas. Além de atuar na implantação, a consultoria está inserida, também, na manutenção e operação de diversos empreendimentos de geração e transmissão de energia.
As regiões em que a empresa mais atua, atualmente, é no Nordeste e Sudeste do Brasil, mas há, também, empreendimentos no Centro-Oeste e até mesmo em outros países, como Uruguai.
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