Projeto pioneiro reintroduz ave ameaçada no Parque Estadual do Rio Doce, unindo conservação e educação ambiental
Thomaz Albano – Azurit + IEF Minas
Em uma vitória para a biodiversidade brasileira, o mutum-do-bico-vermelho (Crax blumenbachii) voltou a habitar a Mata Atlântica mineira após cinco décadas de ausência no Parque Estadual do Rio Doce, Unidade de Conservação de Proteção Integral situada no Vale do Rio Doce, entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio, integrantes da Região Metropolitana do Vale do Aço. A iniciativa, parte do projeto “De Volta ao Lar”, é resultado de uma parceria entre a Associação de Amigos do Parque (DuPERD), o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF/MG) e uma rede de instituições nacionais e internacionais.
Da reprodução em cativeiro à reconquista da floresta
O projeto, que teve início nos anos 1990 com a Fundação Crax, ganhou novo foco em 2023, com a soltura de 30 aves na região da Ponte Perdida, em Timóteo, no Leste de Minas Gerais, área prioritária para a conservação da biodiversidade, de acordo com a Fundação Biodiversitas. O mutum-do-bico-vermelho, conhecido como “plantador de florestas”, por dispersar sementes, já apresenta sinais de adaptação: indivíduos não marcados (nascidos na natureza) foram avistados a 20 km do local de soltura e um casal com filhote foi registrado, confirmando a reprodução em vida livre.
Ciência e comunidade lado a lado
Além do monitoramento científico, o projeto inclui ações de educação ambiental em escolas e comunidades rurais, com oficinas e materiais didáticos como gibis distribuídos sobre a fauna local. “O objetivo é “reinserir o mutum no ecossistema e na cultura das populações”, explica Gabriel Ávila, Analista Ambiental do IEF/MG e coordenador do projeto “De Volta ao Lar”. Segundo ele, o engajamento dos moradores tem sido fundamental, com relatos de avistamentos em áreas vizinhas ao parque.
Azurit e Educação Ambiental
Para a conservação da espécie no Parque Estadual do Rio Doce, a educação ambiental, desenvolvida de forma assertiva e envolvente, é fundamental. Dessa forma, a espécie terá maior chance de se manter nessa área protegida.
Nesse contexto, a Azurit Consultoria Ambiental possui equipe qualificada e realiza a educação ambiental em diferentes vertentes, sempre de forma crítica e com diferentes públicos, conforme preconiza a Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental. Atuamos em escolas, no âmbito da educação ambiental formal, e, também, com a educação ambiental junto às comunidades, como as que estão inseridas em áreas de influência de empreendimentos, no entorno de unidades de conservação, entre outros espaços com ocupação humana e sensibilidade ambiental que demande conservação.
A metodologia de ensino, desenvolvida pela equipe Azurit, preza pelo ensino crítico, humanista, holístico, democrático, participativo e que seja contínuo, buscando, sempre, a sensibilização, conscientização e mobilização sobre os diversos aspectos socioambientais. Além disso, por meio da Azurit Produções, a empresa desenvolve ações de educomunicação, adaptando-as à realidade socioterritorial dos projetos nos quais atua, como por exemplo, no caso da conservação da biodiversidade da Mata Atlântica.
Azurit e o Manejo da Fauna
Em projetos de reintrodução de espécies nativas, como o mutum-do-bico-vermelho, a expertise da Azurit em monitoramento e resgate de fauna é fundamental para garantir a eficiência e a eficácia das ações. Com profissionais especializados em todos os grupos biológicos e um largo histórico de atuação neste segmento, os especialistas da empresa desenvolvem estudos e monitoramentos ambientais, inventários florestais e programas de compensação ambiental, como também diagnósticos socioambientais participativos até a elaboração de planos de manejo para unidades de conservação.
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